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Índex Análise Técnica

Ombro-Cabeça-Ombro

O ombro-cabeça-ombro é talvez a mais conhecida e mais importante formação de reversão de tendência. Sua importância é acrescida pelo fato de outras formações de reversão serem dela derivada, como por exemplo, os topos triplos que veremos a seguir.

Vejamos então como se caracteriza tal formação assim como suas principais nuances: o ombro-cabeça-ombro (O-C-O) se situa em um contexto onde uma tendência altista tende a perder momento, se neutraliza por um certo tempo e finalmente se torna baixista. Vejamos então este esquema onde tal situação está descrita.

Exemplo. 3.2.1: - Ombro-Cabeça-Ombro




A tendência altista segue indicada pela linha -A-. A quebra desta no ponto -1- indica um enfraquecimento da citada tendência. O "Pull-Back" posterior da linha -A- no ponto -O2- forma o segundo ombro da formação de ombros e cabeça (O-C-O). O rompimento da linha de pescoço (-3-) indica a reversão da tendência de alta.

Temos assim caracterizada a formação O-C-O onde a primeira alta (O1) representa o ombro esquerdo, a segunda alta (C) a cabeça e a terceira alta (O2) o ombro direito. A linha que une os fundos -2- e -4- é conhecida como linha de pescoço. Essa linha tem normalmente uma pequena inclinação positiva apesar de poder ser horizontal ou mesmo com inclinação negativa. Finalmente, a penetração de tal linha pelos preços desde que acompanhada por um aumento no volume vem a caracterizar o O-C-O como uma formação de reversão, dando início a uma tendência de baixa. Muitas vezes as cotações tendem a voltar aos níveis da linha de pescoço onde, após encontrarem resistência, tornam a cair. Tal movimento é conhecido como "pull-back". O "pull-back" nem sempre ocorre, enquanto em outros casos pode não chegar à linha de pescoço. A análise do volume certamente ajudará a determinar o tamanho do "pull- back". Assim, se a quebra da linha de pescoço vier acompanhada de alto volume, a probabilidade de ocorrer um "pull-back" diminui, uma vez que isto representa um aumento de pressão vendedora. Por outro lado, se a quebra da linha de pescoço vier acompanhada de um volume não tão grande, aumentam as chances de ocorrer um "pull-back". Em qualquer dos casos este deve ser acompanhado de baixo volume.

Exemplo 3.2.2: - O-C-O Invertido



Com efeito, a análise do volume é de fundamental importância para uma perfeita interpretação do O-C-O e portanto seria conveniente resumir o seu comportamento nas diferentes fases desta formação:

I - No ombro esquerdo o volume deve ser crescente na alta e decrescente na correção técnica.

II - Na cabeça o volume deve ser crescente na alta atingindo porém níveis iguais ou inferiores ao de ombro esquerdo demonstrando que a tendência altista tende a perder momento.

III - No ombro direito a alta vem necessariamente acompanhada de baixo volume dando evidentes sinais de enfraquecimento da tendência.

IV - Finalmente a penetração da linha de pescoço deve vir acompanhada de um aumento de volume. Quanto maior for o volume, menores são as chances de ocorrer um "pull-back", ao contrário quanto menor for esse volume maiores serão as chances e maior será o "pull-back".

Apesar destas características se apresentarem com freqüência, é bom notar que elas não são rígidas e que a sua ausência não descaracteriza a formação. No entanto, a presença de baixo volume no ombro direito tende a ser um requisito bastante importante.

Em análise técnica é muito comum determinarem-se projeções para os preços após a confirmação de uma determinada formação. Tais projeções são conhecidas como objetivo técnico (projeção técnica).

No ombro-cabeça-ombro o objetivo é determinado da seguinte forma: pega-se a distância vertical entre o ponto mais alto da cabeça e a linha de pescoço, em seguida, projeta-se essa distância a partir do ponto em que a linha de pescoço foi penetrada por um preço de fechamento.

É bom lembrar que o objetivo técnico é uma projeção geométrica e mínima e que obviamente não é obrigatório que os preços se detenham uma vez alcançado o nível determinado. A importância de se estabelecer um objetivo é fornecer ao analista um parâmetro para medir o movimento potencial dos preços após o "breakout" da formação.

O O-C-O invertido apresenta basicamente as mesmas características do que acabamos de ver sendo que ele se insere no contexto de uma tendência baixista.

No entanto, uma diferença fundamental há que ser discutida: Trata-se do comportamento do volume. Tal diferença baseia-se no fato que é muito mais difícil a um mercado subir após ter atingido um fundo do que cair após ter atingido um topo. Para que o mercado suba é necessário um significativo aumento na pressão compradora sendo que essa pressão deve-se manter para permitir a continuidade do movimento. Já a queda do mercado tende a se sustentar pelo seu próprio peso. Grosseiramente comparando, um corpo não precisa de energia além do seu próprio peso em uma queda livre. Entretanto, para que este mesmo corpo produza um movimento ascendente é necessário que se lhe forneça uma energia adicional, considerando-se a presença da gravidade.

Na primeira metade da formação (ombro esquerdo e formação de cabeça) o comportamento do volume é igual ao anterior. Ele tende a crescer na queda e diminuir na correção técnica quando da formação do ombro esquerdo. Ao voltar a cair dando início à formação da cabeça o volume tende a ser menor que na queda anterior. É no entanto, na alta subsequente que começam a se verificar diferenças. Devido à mencionada dificuldade dos preços em subir após atingido um fundo, faz-se necessário um aumento na força compradora para que tal movimento ocorra. A conseqüência é um volume crescente que chega inclusive a ultrapassar o volume registrado na queda do ombro esquerdo.

Ao contrário do O-C-O de topo, o fato de quebra da linha de pescoço vir acompanhada de um forte aumento do volume de negócios não diminui a chance de ocorrer um "pullback".





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