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Divergência de indicadores técnicos: saiba como utilizá-la em prol do seu lucro
Por: Rafael de Souza Ribeiro
12/02/10 - 20h20 InfoMoney SÃO PAULO - Os investidores que utilizam a análise técnica como método de investimento se deparam com inúmeros indicadores técnicos nas plataformas de negociações. Desde os mais conhecidos como IFR (Índice de Força Relativa), Estocástico e MACD (Moving Average Convergence / Divergence), a derivações como Williams %R, PPO (Percentage Price Oscillator) e Curva de Coppock. Para os iniciantes, a extensa gama de indicadores pode representar uma maior probabilidade de acerto nas operações, na velha máxima de “quanto mais informação melhor”. Contudo, a experiência no mercado revelará que a estratégia tenderá a ser falha em grande parte das vezes, pois o número ilimitado de indicadores na tela atrapalhará a concentração da hora do trade e criará um viés de confirmação, que é o mais perigoso. Por este motivo, muitos traders tradicionais sugerem uma análise mais grafista, focada somente em rompimentos de triângulos, retângulos, linhas de tendências e canais. Apesar de extremamente válida, a recomendação pode ser encarada como um radicalismo, pois métodos matemáticos devem ser ponderados em uma operação, já que estamos lidando, fundamentalmente, com a variável preço. Em função desta perspectiva, os analistas técnicos aconselham utilizar poucos indicadores técnicos e com fins específicos, focando no estudo do volume, volatilidade e momento do mercado. Mais especificamente, é importante se ater às divergências dos indicadores técnicos em razão da tendência do papel. Identificando uma divergência Por definição, uma divergência é caracterizada quando os topos e fundos de um indicador técnico não são correspondentes aos topos e fundos do papel estudado, ou seja, há divergência entre as tendências. Tradicionalmente, os analistas técnicos utilizam os indicadores IFR de 14 períodos, Estocástico Lento, MACD Histograma e OBV (On Balance Volume) para identificar as divergências, mas outros indicadores podem ser utilizados, de acordo com a metodologia de cada um. Dentro dos conceitos de análise técnica, existem três tipos de divergências: Forte: Enquanto o papel faz topos e fundos mais baixos, o indicador faz topos e fundos mais altos, e vice-versa; Média: Papel faz topos ou fundos mais altos e o indicador fazendo topos ou fundos no mesmo nível; Fraca: Papel faz topos ou fundos no mesmo nível, ao passo que o indicador faz topos e fundos na mesma direção; Estratégia operacional Não é raro encontrar divergências no mercado e tal característica facilita a identificação por parte dos investidores, potencializando a previsão da análise. Um exemplo prático de operação por meio de divergência ocorreu com os papéis da Brasil Foods (BRFS3) entre o final do ano passado e o início de 2010. Em tendência de baixa declarada (primária, secundária e terciária) desde outubro de 2009, as ações recuaram da casa dos R$ 49,00 para encontrar suporte na média móvel de 180 dias próximo de R$ 40,00, importante parâmetro do papel no longo prazo. Contudo, a proximidade da média móvel suscitou um movimento contrário à tendência principal (compra) tendo em vista a divergência de alta entre o MACD Histograma e o papel, iniciada no começo de dezembro. O rompimento definitivo da LTB (Linha de Tendência de Baixa) junto ao sinal de compra postado ao mesmo tempo pelo MACD Histograma (ticks acima da linha do zero) já denunciava o novo movimento a ocorrer, como mostra a figura: ![]() Embolsando os lucros Para os traders mais agressivos, a confirmação do movimento era uma clara oportunidade de compra ao menos no curtíssimo prazo, visando a resistência na casa de R$ 42,00. Aos swing traders, o rompimento da importante resistência em R$ 42,00 com um gap foi o estopim para a compra, guiado pela já confirmada divergência de alta do MACD Histograma e acompanhada pela reação positiva do IFR de 14 períodos. Neste caso, o stop loss da operação se mantinha na média móvel de 180 dias. Do mesmo jeito que abriu a oportunidade de compra, o MACD Histograma e o IFR apresentaram sinais claros de realização quando os preços alcançaram os R$ 47,00, principal objetivo do papel, momento no qual o investidor estreitaria seu stop gain. Seguindo o canal de alta firmado, a venda foi acionada em R$ 46,50, aliando a tendência de baixa engatada pelo MACD Histograma e o teste da região sobrevendida do papel apontada pelo IFR de 14 períodos. ![]() No final da operação, ou seja, compra em R$ 42,00 e venda nos R$ 46,50, o trader embolsou um lucro de 10,71% em um período curto de maturação, bem acima da rentabilidade média oferecida no mercado. Alguns detalhes importantes É bom sempre lembrar que os indicadores técnicos devem ser utilizados em conjunto com as formações gráficas (retângulo, triângulo, ...) a fim de confirmar a força do movimento. No caso exposto, o rompimento da LTB e o teste da média móvel de 180 dias foram determinantes para a operação. Portanto, nunca se esqueça de alinhar os principais suportes e resistências do papel, canais e linhas de tendências antes de operar direto através dos indicadores técnicos. E recorde-se de anotar tudo em seu diário de mercado, uma forma simples e eficiente para testar sua metodologia operacional. |
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