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Índex Análise Fundamentalista

Qual Buffett serve melhor aos investidores em ações?

Luiz Codorniz
30/05/2008
Jornal Valor Econômico

"A mídia, ao comentar os conselhos de Warren Buffett, costuma enfatizar a estratégia apregoada por ele de comprar e manter as ações para sempre. Isso se aplica mais às operações de investimentos e aquisições da Berkshire Hathaway. Mas, no que tange aos investimentos de sua carteira pessoal (1% do seu patrimônio), ele age diferente. Ou seja, coexistem duas estratégias de investimento, e isso deixa confusos os investidores."

"O que falta considerar é o contexto. Essa estratégia é adequada para a Berkshire, que tem ativos totais de US$ 281 bilhões..."

No inicio, entre 1956 e 1969, ele foi gestor do hedge fund Buffett Partnership Ltd., cujo enfoque é aquele preconizado no livro "Security Analysis", de Ben Graham, e o tipo de investimento são barganhas e "situações especiais". Na década seguinte, ele passou a utilizar como veiculo para seus investimentos a Berkshire Hathaway e incorporou na sua estratégia aspectos qualitativos seguidos por Philip Fisher, autor de "Common Stocks and Uncommon Profits", que enfatiza vantagens competitivas sustentáveis e duradouras.

Na assembléia de acionistas da Berkshire de 2008, perguntaram a Buffett sobre como ele investiria uma pequena quantia, que estratégias ele usaria. Ele disse que provavelmente as oportunidades estariam em "small caps" ou debêntures em situações especiais. Na assembléia de 2006, Buffett comentou: "Três anos atrás você encontrava um bom número de empresas coreanas com sólidos balanços sendo negociadas a um índice P/L de 3". E ele comprou uma cesta (ao redor de 20 empresas) dessas ações coreanas com baixo índice P/L e alavancagem para sua carteira pessoal. Essa estratégia é similar àquela sugerida por Ben Graham há mais de 70 anos, denominada "net-nets", que consiste em comprar uma cesta de ações cujo valor de mercado é inferior ao somatório do caixa mais o capital de giro líquido menos o passivo de longo prazo.

O contexto de um investidor, que gere sua própria carteira é que irá determinar qual estratégia é a mais adequada. O contexto pode ser descrito ao longo das seguintes características: volume de recursos; leque de oportunidades; circulo de competência; horizonte temporal; tempo disponível; técnica; temperamento (controle emocional, paciência etc.) e gosto pela atividade. A estratégia mais recente, empregada por Buffett, com forte ênfase em vantagens competitivas sustentáveis (enfoque Fisher) requer muito mais habilidade/julgamento por parte do investidor.

Ressalte-se que o período onde ele obteve os melhores resultados - 29% ao ano - foi quando geria a Buffett Partnership, de 1956 a 1959, e empregava basicamente o enfoque de Graham. E sua forma de agir pode ser inferida a partir das cartas aos cotistas.

Autor: Luiz Codorniz é consultor de investimentos







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