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Estratégia Long & Short: saiba como lucrar com desempenhos relativos

Por: Equipe InfoMoney
22/10/10 - 20h09
InfoMoney

SÃO PAULO – Dependendo da criatividade e do perfil de risco dos investidores, o mercado financeiro possibilita uma diversidade substancial nos tipos de estratégia que podem ser utilizadas para ganhar dinheiro na bolsa. Em termos de ações, uma opção comuns é a combinação de posições compradas e vendidas, em busca de uma performance relativa.

Para os iniciantes, primeiro é preciso entender os conceitos de posições Long e Short - ou comprada e vendida –, que podem causar certa confusão.

Long
Uma posição Long (comprada) nada mais é do que o investidor deter um determinado ativo – como o próprio nome sugere, está “comprado" no ativo -, com a expectativa de que este venha a apreciar-se. Ao comprar um papel da Petrobras, por exemplo, o investidor estará comprado na estatal, levando-o a obter ganhos caso o ativo suba.

Short
Por sua vez, uma posição vendida, também conhecida como short, é o oposto: o investidor irá vender um ativo que não está em sua carteira. Logo, quando este tipo de estratégia é realizado, é necessário tomar emprestado o papel.

Em uma posição vendida, aposta-se que os papéis sofrerão depreciação e, caso isto realmente ocorra, o investidor irá auferir lucro com a operação.

Suponha, por exemplo, que um investidor acredite que os papéis da Petrobras irão passar por um período de recuo. Neste caso, ele aluga uma ação da petrolífera, pagando a devida taxa, e posteriormente vendendo-a. Caso o papel realmente caia, o investidor pode recomprá-lo por um preço mais baixo e devolvê-lo ao dono. Com isso, o investidor aufere o lucro correspondente à queda – excluindo a taxa de empréstimo.

Utilizando ambas as posições: estratégia Long & Short
Tendo absorvido o conceito de long e short, uma alternativa de investimento que pode trazer retornos bastante atraentes é a mescla entre as duas posições, isto é, uma estratégia Long & Short. Como o próprio nome sugere, ela consiste em posicionar-se comprado em uma ação e vendido em outra.

“Esta operação busca a performance relativa entre ambos (posição comprada e vendida)”, explica a XP Investimentos. “Ou seja, a compra deve se valorizar mais do quer a venda”. Com isso, o lucro desta estratégia vem do spread entre as ações compradas e as ações vendidas.

Na estratégia Long & Short, o investidor usa as ações compradas como garantia para o aluguel das vendidas. Desta maneira, caso aconteça algum evento adverso ao mercado e as ações caiam de um modo geral, o investidor terá uma proteção com suas posições vendidas e, se as vendidas recuarem ainda mais do que as compradas, o lucro auferido será ainda maior.

No entanto, é bom lembrar que, caso ocorra o inverso e as ações compradas caírem enquanto as vendidas ascenderem, haverá um prejuízo elevado. Portanto, como em qualquer operação, o investidor deve ter certa dose de cautela.

Etapas da operação
De acordo com a XP Investimentos, depois de avaliar a estratégia, os riscos e o valor financeiro a ser exposto na operação, o próximo passo do investidor é emprestar um ativo e vendê-lo no mercado. Com o montante obtido, adquire-se o papel em que pretende-se ter uma posição long, de forma a estruturar a operação.

Aqui, o investidor já está operando vendido em um ativo e comprado em outro. Em meio a isso, entretanto, há a parte operacional, com a necessidade da margem de garantia devido à venda a descoberto. “Entretanto, podemos utilizar a compra para reduzir este valor, tendo de desembolsar somente a margem necessária da operação”, explica a XP.

Por fim, para sair da estratégia de Long & Short, o investidor deve recomprar a ponta vendida e vender a ponta comprada, auferindo os lucros.

O que olhar
Para realizar este tipo de operação, o investidor deve ficar atento a alguns parâmetros, como o beta, que mede a relação entre duas variáveis. A XP cita ainda outros dois fatores: a correlação, que “indica a força linear de duas variáveis aleatórias ao longo do tempo”, e o ratio, que é o preço do ativo long dividido pelo preço do ativo short, “utilizado para análise do par”.

É possível montar estratégias de Long & Short usando quaisquer ativos que o investidor decidir, observando, obviamente, que a tendência de um seja de queda e do outro de alta. Nesse sentido, há três tipos de pares de ativos: intra-setorial, preferenciais contra ordinárias e inter-setorial.

O primeiro é uma operação entre empresas do mesmo setor. “Por serem ativos do mesmo setor, a distorção nos preços tende a não ser tão grande, consequentemente um menor prêmio e risco esperado”, ressalta a corretora. O segundo tem como objetos ações de uma mesma empresa, sendo o mais conservador dos três tipos e, portanto, tendo um menor risco.

Por fim, há a estratégia inter-setorial, que utiliza ativos de setores diferentes. “Dado que os ativos podem ser impactados por diferentes variáveis, espera-se uma maior distorção de preços. Logo, com um maior risco temos um maior retorno associado”, conclui a XP Investimentos. A corretora ressalta, contudo, que esta operação é recomendada a clientes qualificados.





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