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Índex Introdução

Concentrar ou diversificar a carteira de investimentos?

Lavínia Martins
30/09/2010
Jornal Valor Econômico

O planejamento financeiro pessoal segue uma metodologia desenvolvida nos EUA que consiste em entender a vida do cliente e orientá-lo para a melhor forma de poupar para realizar seus desejos de consumo e sobrevivência no futuro.

A gestão de investimentos financeiros é uma parte desse trabalho, e ela deve ser considerada em conjunto com todo o patrimônio da pessoa para entender seu estilo e estágio de vida. Quando se discute sobre qual é a melhor estratégia, se concentrar ou diversificar a carteira de investimentos, primeiro deve-se considerar quais são os objetivos finais do investidor.

Segundo Bruce Greenwald, professor de "Value Investing" na Columbia Business School, onde Warren Buffet formou a base de seu conhecimento, a concentração é importante para a geração de riqueza, e a diversificação é importante para a manutenção da riqueza adquirida.

Por exemplo: Warren Buffet concentrou seus investimentos no início de sua carreira, ao transformar a Berkshire Hathaway em uma holding de empresas de seguros. A renda gerada por essas empresas foi reinvestida de forma diversificada em diversos ativos que o permitiram gerar mais renda e conservar o patrimônio adquirido.

O que fez dele o fenômeno que é hoje foi a melhor aplicação da filosofia de "Value Investing", ao escolher os ativos nos quais investir e a manutenção de um estilo de vida de gastos reduzidos.

A concentração gera riqueza quando consideramos um empreendedor que investe a maior parte do seu patrimônio e esforço de trabalho na sua empresa. No entanto, vale ressaltar que o investidor concentrado é especialista naquele mercado e possui o controle sobre a tomada de decisão.

No caso de um investimento concentrado no mercado financeiro, a concentração pode ser bem-sucedida quando o investidor aplica a filosofia de "Value Investing" e investe em uma empresa da qual tem total conhecimento sobre todas as variáveis que influenciam seu futuro. Isso em conjunto com o fato de o preço de compra estar muito descontado em relação ao valor que ele visualiza naquela empresa, tendo então uma alta probabilidade de ganho. Nesse caso, o investidor precisa ter conhecimentos profundos sobre finanças corporativas e mercado financeiro.

Mas e a riqueza gerada através da empresa que entra na conta-corrente do investidor enquanto pessoa física? Como ele deve tratá-la? E se pensarmos em um funcionário assalariado, que trabalha o mês todo, concentrando seus esforços produtivos para receber uma renda no final do mês. Como ele deve aplicar sua poupança?

Quando consideramos os riscos envolvidos em cada tipo de carteira, a concentração possui mais risco, pois se o investimento der errado, a pessoa pode perder parte ou todo o patrimônio empregado na aplicação.

Já a diversificação tem como principal objetivo diluir o risco através da aquisição de várias classes de ativos e produtos, na esperança de que eles tenham correlação negativa - quer dizer, quando um ativo perder, o outro ganhar e vice-versa - para que quando um perde, o ganho de outro reduza a sua perda, minimizando o impacto desta perda no valor total da carteira.

Assim, fica claro que a concentração ou a diversificação dos investimentos deve ser uma escolha pessoal, baseada no objetivo futuro do investidor, no seu conhecimento do mercado, no seu nível de controle sobre as decisões e na sua tolerância ao risco.

Um investidor que se sinta confortável com a concentração, independentemente do risco assumido, pode optar por esse caminho. Já outro que deseje minimizar o risco de perda de sua carteira deve optar pela diversificação.

E, seja um empreendedor recebendo dividendos da empresa ou um funcionário assalariado investindo suas economias, ao administrar seus investimentos pessoais, se eles não quiserem correr o risco da concentração para não perder o suado dinheiro recebido, eles devem diversificar suas carteiras, pois é essa a melhor forma de preservar o patrimônio adquirido e manter o seu poder de compra no futuro.

Lavínia Martins, CFP é sócia da FinPlan Consultoria e Gestão de Investimentos e planejadora financeira certificada pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF)





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