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Fundos de ações: uma boa alternativa para quem pretende ingressar na bolsa

Por: Thiago C. S. Salomão
26/11/10
InfoMoney

SÃO PAULO – Com a chance de conseguir uma remuneração mais elevada do que a vista nas aplicações financeiras mais conservadoras, o mercado de ações sempre aguçou a curiosidade de muita gente – mesmo dentre aquelas sem conhecimento nenhum de mercado financeiro. A maior facilidade em adquirir ações hoje em dia, podendo fechar compras ou vendas de ativos de sua própria casa via homebroker, torna a bolsa de valores mais convidativa para quem ainda vê tudo isso do lado de fora.

Mesmo diante de tanta facilidade, existem aquelas pessoas que, apesar de terem muito interesse em investir em ações, não se consideram seguras o bastante para arriscarem suas economias na hora de decidir sobre a compra de um determinado ativo, ou então não possuem tempo livre suficiente para dedicar-se à análise de suas aplicações. Para elas, deixar o dinheiro nas mãos de um profissional capacitado e acostumado com esse mundo mostra-se uma opção mais garantida do que realizar compras e vendas de ações por conta própria.

Seja por falta de tempo, falta de segurança e/ou até mesmo inexperiência no mercado de ações, uma boa opção para essas pessoas seria um fundo de ações, que nada mais é do que um fundo de investimento que deve investir no mínimo 67% do capital total de sua carteira em ações ou em qualquer ativo lastreado a uma ação - bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósitos de ações, cotas de fundos de ações, cotas de fundos de índices de ações e BDRs (Brazilian Depositary Receipts) níveis II e III -, segundo definição da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), associação que regula o mercado de fundos.

Como funciona um fundo?
Ao aplicar em um fundo de ações, você está comprando cotas desse fundo. O preço da cota representa a divisão do patrimônio desse fundo dividido pelo número de cotas existentes. Dessa forma, o desempenho médio das ações presentes na carteira de investimentos de seu fundo pode ser mensurado pela variação do preço da cota - se o valor da cota aumentar, a carteira se valorizou; se a cota diminuir de valor, a carteira se desvalorizou.

É importante deixar claro que o cotista de um fundo não tem poder para interferir na decisão de compra ou venda de qualquer ativo, sendo estas atividades a cargo apenas do gestor desse fundo. Contudo, esse gestor segue uma política de investimento própria, que pode ser vista no prospecto desse fundo. Dessa forma, o investidor não tem autonomia para decidir onde o gestor deve aplicar o capital do fundo, mas ele pode escolher um fundo de investimento que combine com suas características e/ou objetivos.

Tipos de fundos de ações
A própria Anbima divide os fundos de ações em diversas subcategorias. Há, por exemplo, a subcategoria "Ações Ibovespa Indexado", que englobam os fundos cujo objetivo é apenas acompanhar o comportamento do Ibovespa, e a "Ações Ibovespa Ativo", onde o objetivo dos fundos é de superar o desempenho do índice Bovespa. Outras subcategorias existentes compilam apenas fundos que investem em determinados setores - como por exemplo o "Ações Setoriais Telecomunicações" - ou em empresas com características semelhantes, tais como os fundos de small caps e os fundos de dividendos.

Cabe frisar mais uma vez que cada fundo possui sua política de investimento definida e explicada em seu prospecto. Essas subdivisões da Anbima englobam os fundos com as participações mais significativas no País, mas isso não significa que não há outras opções de investimento no mercado. Os próprios dados da Anbima refletem esse cenário: dos R$ 181,3 bilhões administrados pelos fundos de ações brasileiros até o último dia 17, 23,5% (ou R$ 42,7 bilhões) estavam alocados na subcategoria "Ações Livre", que engloba todos os fundos que não se encaixam em nenhuma das outras subcategorias.

Pessoa física X fundos de ações: diferença entre os tributos
Questões referentes aos custos e tributações que envolvem a compra e venda de ações também merecem destaque. Para a pessoa física, os custos mais comuns são a taxa de corretagem e os emolumentos. O primeiro é cobrado pela corretora e varia de acordo com o volume financeiro transacionado. O segundo é pago à BM&F Bovespa e independe do volume. Há também a taxa de custódia, taxa fixa que pode ser paga mensal, trimestral ou anualmente, dependendo da corretora.

Já no mercado de fundos, os cotistas não são cobrados por nenhuma dessas três taxas, ou seja, independentemente de quantas negociações o gestor realizou em determinado período, o investidor do fundo não será taxado. No entanto, esse tipo de investimento incide a tributação de outras diversas taxas. Os investidores precisam estar familizarizados para evitar surpresas desagradáveis. As mais comuns são:

* Taxas de administração: cobrada por todos os fundos, correspondente à remuneração do gestor
* Taxa de performance: percentual cobrado por alguns fundos quando a rentabilidade da aplicação supera um patamar pré-determinado
* Taxas de entrada e de saída: cobradas também por alguns fundos, quando o investidor adquire cotas ou solicita o resgate de suas aplicações, respectivamente.

Quem vai aplicar em um fundo de ações precisa ter ciência de que os valores cobrados não são uniformes, podendo estes variar de acordo com o volume aplicado – na maioria dos casos, quanto menor a aplicação, maior é a taxa – ou com o tipo de investimento escolhido – os fundos que exigem maior esforço por parte do gestor tendem a remunerá-los melhor, elevando a taxa de administração cobrada. A definição dos percentuais cobrados fica a critério de quem oferece o fundo, por isso vale a pena pesquisar bem antes de chegar à sua escolha final.





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