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Índex Introdução

Fundos de Investimentos, ações e ETFs - Comparativo de Risco

Oi Amigo,

Vamos digerir as vantagens e desvantagens aos poucos. Os dados que colocarei abaixo eu não tenho certeza, é necessário acessar o site da CVM e verificar nas normas e gostaria que os entendidos do fórum projecao.com (https://www.ricardoborges.com/forum.htm) me ajudassem e me corrigissem se eu estiver errado.

Aguardo a sua opinião...

Para o próximo tópico que é RETORNO, preciso que alguém me ceda o histórico diário das rentabilidades dos fundos de ações. O maior histórico possível, com no mínimo 5 anos. Você tem como consegui-lo e me enviar?

I) Riscos:

Tanto as empresas (ações), quanto os ETFs e os fundos são fiscalizados pela CVM, logo a fiscalização não traz diferencial na diminuição dos riscos.

Existem 3 tipos de riscos quando se aplica em renda variável:

(I) Risco específico da empresa, ou seja de má administração, etc.
(II) Risco setorial, como a crise aérea
(III) Risco de mercado, como a crise norte americana.
Os riscos (I) e (II) podem ser minimizados com a diversificação, ou seja, se o investidor aplicar em ações de diversas empresas de setores diferentes.

Considerando que para investimentos muito baixos, ou seja menores do que R$ 4.000,00 / oferta a uma corretagem de R$ 20,00 e R$ 3.000,00 / oferta a uma corretagem de R$ 15,00 e sem custo de custódia, é melhor aplicar em fundos de ações, desde que a taxa de administração deste seja abaixo de 3,00% ao ano.

Sabendo disto, vamos verificar os riscos e vantagens de cada modalidade de investimento.

A) Risco específico:

1 - Ações:

(a) A empresa é mal administrada.

(b) Erro administrativo leva a empresa a ter prejuízos ou até a fechar. Só verificar as operações com derivativos de diversas empresas em 2008 e ver que decisões levaram grandes empresas a praticamente quebrarem.

(c) Administração é mais bem remunerada do que os sócios. Como exemplo basta verificar os bancos norte americanos em que os administradores recebem bônus milionários mesmo com o banco tendo fortes prejuízos. No Brasil tem empresas que pagam fortunas em bônus e para os sócios sobra pouco.

(d) Má fé leva a empresa a quebrar como no caso Enron.

(e) Comprar uma ação sem liquidez e depois não conseguir vendê-la. Mas observe que esta é uma escolha do investidor e pode ser evitada operando-se apenas ações com liquidez.

2 - ETFs:

Por ser um índice diversificado e sua composição ser decidida por uma regra fixa, o risco específico é minimizado.

(a) O investidor optar por operar um ETF sem liquidez como ocorre no tópico descrito no caso (e) da ação.

3 - Fundos:

(a) O fundo é mal administrado (gerido) e suas decisões, embora de boa fé, são equivocadas, gerando uma rentabilidade aquém dos riscos corridos. Normalmente deve-se comparar a rentabilidade líquida do fundo com o Ibovespa e JAMAIS com a poupança ou o CDI que são ativos que tem um risco MUITO MENOR.

(b) Erro de decisão leva o fundo a ter prejuízos ou até a fechar. Só verificar as operações com derivativos de diversos fundos no Brasil (Ex: GWI) e nos EUA em 2008 e ver que decisões levaram fundos a fecharem e outros a proibirem o saque.

(c) Administração e gestão é mais bem remunerada do que os sócios.
Obs: É possível que o salário do administrador e do gestor não estejam contidos na taxa de administração. É necessário verificar as normas de fundos na CVM para verificar o que está contido na taxa de administração.

(d) O fundo fica sem liquidez pois muitos quotistas pedem resgate ao mesmo tempo e o gestor não tem possibilidade de entregar os recursos financeiros para aquela demanda no tempo requerido.

(e) Má fé leva faz com que os fundos percam rentabilidade.

Exemplos ilegais possíveis:
Obs: É possível que os custos abaixo não estejam contidos na taxa de administração. É necessário verificar as normas de fundos na CVM para verificar o que está contido na taxa de administração.

Obs: Má fé quer dizer operações ilegais, mas difíceis de serem fiscalizados pela CVM.

- O gestor do fundo fica comprando e vendendo as ações com a finalidade de gerar corretagem e ele pode estar recebendo "por fora" uma participação desta.

- Paga-se muito caro por uma consultoria que tem um "acordo" com o gestor, ou ele é um sócio em "contrato de gaveta".

- O gestor adquire ações de empresas muito arriscadas ou até mesmo quebrando e em troca, o interessado em se "livrar" dos papeis transfere "uma cervejinha" para a conta do gestor nas ilhas Cayman.

- O gestor adquire ações de empresas que são na verdade uma idéia, um sonho e em troca, o interessado em ficar milionário vendendo as ações da suposta idéia em um IPO transfere "uma cervejinha" para a conta do gestor nas ilhas Cayman.

- A instituição administradora e gestora do fundo, capta recursos vendendo ao fundo títulos próprios (CDB por exemplo) e com os recursos captados ele adquire para ele títulos de uma instituição (CDI) ou empresa (Debêntures) recebendo juros bem mais elevados e ganhando com o spreed. Quando estas instituições ou empresas estão prestes a "quebrar", eles vendem estes títulos "podres" para os fundos que administra e recompra os seus títulos. Ou seja, o lucro é da gestora e o risco dos cotistas.

Existem muitas outras operações possíveis que geram perda de rentabilidade dos fundos e aumento dos recursos dos gestores e por este motivo recomendo comparar a lucratividade líquida do fundo com o Ibovespa no decorrer de anos. Se o índice da bolsa de valores de São Paulo tem uma rentabilidade melhor do que o fundo, logo é melhor adquirir um ETF do que aplicar no fundo em questão. Lembre-se sempre, "O OLHO DO DONO É QUE ENGORDA O BOI."

B) Risco Setorial:

1 - Ações:

Quem aplica em ações sofre o risco setorial SE NÃO DIVERSIFICAR.

2 - ETF´s:

ETF´s setoriais tem o risco, mas as de índices como o IBOVESPA e o IBX que aplica em ações de diversos setores, não.

3 - Fundos:

Os fundos diversificados não tem risco setorial, já os fundos setoriais ou de uma ação tem.

Observação: É melhor aplicar diretamente na ação, ou nos ETF´s no caso de fundos setoriais, de ações ou pré determinados, a onde o gestor não tem possibilidade de gestão, pois os ETF´s tem um custo muito mais baixo.

C) Risco de Mercado:

Todas as modalidades de investimentos sofrem o risco de mercado, entretanto o investidor que optar por aplicar em ações ou ETF´s tem maior liberdade de ir ao mercado a qualquer instante que o pregão estiver funcionando e liquidar suas posições. Quem aplica em fundos pede o resgate e somente liquida as posições no fechamento do dia útil seguinte, ou seja, corre no mínimo um dia a mais de risco.

Se você localizar algum erro, ou tiver algum comentário, nos envie para o e-mail ricardoborges@ricardoborges.com ou poste no fórum projecao.com (https://www.ricardoborges.com/forum.htm ).

Um abração,

Ricardo Borges :-)





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