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Índex Análise Fundamentalista

Introdução

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Enfatizamos que os indicadores, que são baseados, em grande parte, em dados publicados em balanços - que é uma terra movediça - não são ferramentas precisas. Em estado bruto, estes dados podem estar distorcidos por fatores "extraordinários" (atípicos), práticas diferenciadas (de depreciação, provisões, tratamento de despesas pre-operacionais ou deferidas, etc,), uma interpretação incomum das regras de contabilidade, ou pura ma fé.

Em essência, o trabalho de análise envolvendo indicadores é comparativo. Se o balanço patrimônial de um ano tem valor limitado, a análise de vários anos de resultados dá mais consistência aos números; se é difícil chegar a uma conclusão sobre a qualidade da empresa, uma comparação com outras firmas no mesmo setor ajuda esclarecer a questão. O trabalho é também cumulativo no sentido que qualquer conclusão depende da consideração de um conjunto de indicadores.
Indicadores de Rentabilidade

Retorno sobre Patrimônio Líquido
O lucro líquido anual da empresa dividido por seu patrimônio líquido. É o retorno sobre o capital investido pelos acionistas. O patrimônio líquido utilizado normalmente é do fim do ano anterior mas também pode ser o patrimônio líquido médio do ano.  O lucro líquido pode ser o lucro real registrado no passado ou o lucro projetado para o ano corrente ou para anos futuros.

Margem Líquida
O lucro líquido anual de uma empresa dividido por sua receita líquida anual. É uma medida de lucratividade da firma.
Indicadores de Mercado

Preço da Ação
O preço de negociação da ação nas bolsa de valores. Dados normalmente fornecidos pelas bolsas durante o pregão são: o último preço pago, as ofertas de compra e venda, o preço à abertura do pregão, o preço mínimo do dia, o preço máximo do dia, o preço médio do dia e o preço do fechamento do pregão. A maior parte desses dados são publicados nos jornais no dia seguinte.

Lucro por Ação
O lucro líquido (anual, trimestral ou até mensal) da empresa dividido pelo número de ações no mercado. É utilizado no cálculo de vários indicadores.

Dividendo por Ação
O dividendo (atualmente pago ou soma dos dividendos do ano) dividido pelo número de ações no mercado. É o dividendo atribuido a uma ação da empresa e representa a parte do lucro que é pago ao acionista.

Patrimônio Líquido por Ação
O patrimônio líquido da empresa dividido pelo número de ações no mercado. É utilizado no cálculo de vários indicadores.

Payout
O dividendo anual dividido pelo lucro líquido, expressado como porcentagem. Em outras palavras: a porcentagem do lucro anual que é distribuida a acionistas em forma de dividendos (ou em forma de juros sobre o capital do acionista). Normalmente é uma média de vários anos. O payout mínimo é por volta de 25%. Ações preferencias recebem 10% mais que ações ordinárias. Pessoas que querem uma entrada periódica de dinheiro gostam de um alto payout. Investidores mais interessado em ganho de capital de longo prazo preferem que a grande parte do lucro seja reinvestida pela firma - que implica num payout pequeno.

Yield do Dividendo
O Dividendo por Ação anual dividido pelo Preço da Ação, expressado como porcentagem. Quer dizer o retorno anual que o investidor receberia em forma de dividendos (e juros sobre capital próprio) se fosse comprar a ação ao preço atual. A comparação entre o Yield do Dividendo do mercado de ações como um todo e os juros gerados por investimentos de renda fixa é freqüentemente utilizado para avaliar se o nível de preços das ações é alto. Os investidores nos EUA têm exigido historicamente, na média, um Yield do Dividendo 5% acima dos juros de longo prazo. O Brasil é um outro planeta neste sentido: nos não lembramos de nenhuma ocasião em que o yield ultrapassasse os juros.

Preço/Lucro
O Preço da Ação dividido pelo Lucro por Ação anual. Um dos indicadores mais utilizados e mais nebulosos do mercado. Normalmente é chamado do "P/L" ou o "múltiplo" da ação. Comumente se diz que é "o número de anos em que o investidor recebe seu investimento de volta". Não é exatamente isso porque, sob condições normais, o lucro de uma firma aumenta cada ano e o retorno, conseqüentemente, seria mais rápido de que sugerido pelo indicador.
É uma medida do grau de confiança que o mercado tem no futuro desempenho da ação. Se outros indicadores mostram que a empresa continuará rentável, um baixo P/L sugere que a ação esteja barata. Mas um alto P/L pode tanto indicar uma ação cara quanto um papel de grande poder de gerar retornos futuros: tudo depende dos outros indicadores.

Preço/Patrimônio Líquido
O Preço da Ação dividido pelo Patrimônio Liquido por Ação. Um outro indicador bastante utilizado. É entendido, as vezes, como uma comparação entre o Preço da Ação e o verdadeiro valor da ação, mostrando o prêmio ou desconto que o primeiro oferece sobre o segundo. Isso só é a verdade num sentido muito limitado.
O patrimônio líquido não é exatamente o valor da empresa mas o custo dos ativos de uma empresa menos o valor da depreçiação acumulada. Assim é afetado pela politica de depreciação adotada, por processos de reavaliação, por vendas de ativos efetuadas, etc. Na verdade o valor da empresa pode ser definido em pelo menos três outras maneiras: como o valor que seria obtido se a empresa fosse liquidada e os ativos vendidos separadamente no mercado; como o valor que a empresa vale, sob condições normais de operação, para um comprador em potencial; ou como o valor hoje de todos as receitas a serem embolsadas durante a vida da companhia pelos acionistas. De qualquer forma, se suas limitações estão levadas em conta, o patrimônio líquido serve para dar uma idéia do valor da empresa.
O indicador Preço/Patrimônio Líquido é particularmente útil quando usado ou em comparações entre companhias, ou entre anos diferentes da mesma companhia.

Taxa Interna de Retorno
O Yield do Dividendo mais o crescimento de lucro previsto. Mesmo que esta formula de cálculo tenha certas limitações, a Taxa Interna de Retorno é teóricamente o verdadeiro retorno oferecido ao investidor. Depende, infelizamente, de uma estimativa do crescimento futuro do lucro da empresa.
Indicadores de Solvência e Liquidez

Liquidez Corrente
O Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante. É uma medida da capacidade da empresa de pagar suas obrigações correntes.

Endividamente Oneroso Líquido/Patrimônio Líquido
Dívida de Curto Prazo mais Dívido de Longo Prazo menos Caixa, dividido pelo Patrimônio Líquido. Em princípio é uma medida da capacidade da empresa de pagar suas obrigações de longo prazo. Na prática, no Brasil, empresas estão forçadas a adotar um procedimento nefasto: de levantar dinheiro de curto prazo para financiar seus objetivos de longo prazo. É por isso que é necessário considerar junto tanto financiamentos de curto prazo quanto dívida de longo prazo.
Para financiar suas operações, uma empresa levanta fundos de três principais maneiras: pela venda de ações, pela venda de bônus (debêntures, por exemplo) ou pela obtenção de empréstimos no banco. Ações possuem uma característica muito importante: o pagamento de dividendos a acionistas depende do lucro da empresa. Se não há lucro, a firma não é obrigado a pagar dividendos. Assim, em épocas difíceis, fundos captados através de emissão de ações não apresentam nenhuma ameaça financeira para a firma. Não é o caso dos bônus e empréstimos bancários, sobre os quais incide o pagamento rigoroso dos juros combinados. O não pagamento pode resultar num pedido de falência da empresa.
A relação entre a capital levantado em forma de dívida e em forma de ações se chama a alavancagem da firma. Se a dívida representa uma grande porcentagem do capital, a firma está considerada muito alavancada.
A alavancagem de uma empresa tem outras implicações. Por exemplo, se o retorno sobre o capital total de uma empresa estiver alto, o retorno dos acionistas será maior numa firma muito alavancada do que numa firma pouco alavancada. Infelizmente, o contrário também é verdadeiro: quando o retorno sobre o capital total de uma empresa estiver baixo os acionistas de um firma muito alavancada serão os mais prejudicados.

 








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